Patricia Spadaccia, 44 anos, é proprietária da mostra competitiva e não
competitiva Open Dance Brasil e da Academia de Dança Patricia
Spadaccia Núcleo de Dança, Patricia é mentora, coreógrafa, professora
e também coordenadora artística, atuando na parte estratégica, na
concepção e na produção de festivais e parte pedagógica de dança da
Academia de Música e Dança Mozart da cidade de São Roque-SP, e do
Estúdio de Artes Les Arts da cidade de São Paulo.
É contratada oficial como mentora da Empresa Royal Academy of
Dance, auxiliando futuros professores a se formarem no método, além
de atuar como coach de professores de dança e ministrar workshops
também voltados aos docentes da área. Ministra aulas do método
Royal Academy of Dance de Ballet Clássico, além de Jazz e Dança
Contemporânea.
Patrícia também faz parte da banca oficial do júri do Carnaval de São
Paulo há seis anos, além de atuar diversas mostras competitivas e não
competitivas pelo Brasil. É representante no Brasil da mostra nãocompetitiva Disney Perform & Arts que acontece na Disney (EUA) e
seleciona vagas para bailarinos capacitados a terem suas performances
apresentadas no evento.
Como bailarina, possui título mais alto do Royal Academy of Dance
(Advanced II) e faz parte do Grupo Independente Cláudia Pereira, nas
modalidades Ballet Clássico e Dança Contemporânea.
Atuou também como Presidente do Conselho Municipal de Políticas
Culturais de Valinhos-SP e hoje atua como membro da Comissão da IV
Conferência Municipal de Cultura da cidade de Valinhos-SP.
Atualmente faz parte da pós-graduação do Laboratório de Gestão
Pública da Cultura com carga horária de cinco meses com início em 04
de junho e término em 26 de novembro de 2022.

Este curso tem como conceito trabalhar a aula de dança sob três perspectivas diferentes com
objetivo de engajar, motivar e conectar seu aluno em sua aula de maneira eficaz. Ser criativo,
inventivo e inovativo constantemente gera um tremendo gasto de energia e nem sempre estamos
preparados e motivados para essa intensidade de reorganizações. Por isso, às vezes vale a pena
investir em algumas técnicas que podem facilitar seu cronograma de aula e a forma como você
está acostumado a fazer as coisas.
Trabalhar uma aula de forma prazerosa e divertida não é transformar tudo em brincadeira, mas saber
utilizar elementos para engajar e motivar as pessoas com objetivo pedagógico. Quem é professor
de dança e está em sala de aula ou à distância, sabe o quanto é difícil desenvolver planejamentos
que sejam realmente atraentes. Infelizmente muitos docentes ainda são ?sugados? por apenas
?passar o conteúdo?, ?o movimento?, a ?dancinha?, fazendo com que os alunos interajam muito mais
com o mundo externo do que com o próprio espaço de sala de aula.
Neste ponto, o conteúdo desta oficina pode ser uma grande aliada, pois ela realmente gera
resultados positivos. Para isso, é preciso dedicar um tempo para estudo e ter os pés no chão, pois,
ainda que seja uma super solução, ela pode não resolver todos os problemas e, definitivamente, não
funciona como uma receita de bolo. O ideal é ir acrescentando elementos aos poucos e validando
com seus alunos. É importante estar aberto aos feedbacks e aos próprios erros: os utilize como
aprendizado para melhorar o seu trabalho.

Dividiremos o conteúdo da oficina em três partes com os seguintes tópicos: 

Fazer um planejamento de aula de forma progressiva deixará o professor preparado para
as mais diversas situações ou questionamentos que podem acontecer nas suas aulas o ano
todo!
Antes de começar a, de fato, escrever seu planejamento, é importante refletir sobre algumas
questões. Primeiro, você deve ter muito claro quem é o seu aluno e o que ele pretende
aprender com as suas aulas. Pense em quais habilidades ele quer desenvolver e como você
se propõe a ajudá-lo com isso. Basicamente, é se perguntar ?quem é o meu público?? e
pensar no que ele deseja. Com certeza, entender o seu público irá te ajudar, e muito, com
os próximos passos.
Depois, é bom pensar nas seguintes perguntas: ?Qual é a minha intenção com essas
aulas??; ?O que eu pretendo ensinar??; ?Qual é o meu objetivo? Ou seja, o que eu quero ter
alcançado ao final da aula, do semestre e do ano??. Com isso, você sempre mantém em
mente o que quer e o trabalho de elaboração do plano fica muito mais fácil.
A grande dica é começar planificando onde deseja chegar em um ano com seu aluno e
subdividir isso à médio prazo (módulos) a depois a curto prazo (uma aula). Ficará muito mais
fácil! Tente e verá! 

Trabalhar o desenvolvimento emocional é parte do conteúdo pedagógico de qualquer
atividade educativa e deve ser levado em conta em qualquer idade no ensino/aprendizagem.
Claro que não é necessário inventar uma história mirabolante, criar uma narrativa ou inventar
um enredo super complexo. O que queremos dizer é que nesse primeiro momento do
planejamento você precisa definir dinâmicas (leves e descontraídas) para os estudantes
interagirem e já que estamos no início da aula, aquecer o corpo. Lembrem-se de sempre
deixar isso claro para eles. Se seus alunos não souberem aonde devem chegar, terão
dificuldades para escolher os melhores caminhos e podem até se desmotivar, que é o
contrário do que estamos propondo aqui. 

Aqui entramos em um ponto bastante interessante, pois quando estamos trabalhando com
gamificação podemos escolher o que gamificar. O que isso significa? Você pode optar por
gamificar as lacunas que estejam porventura acontecendo em sua aula dentro dos aspectos
físico, emocional ou cognitivo. Também podemos gamificar o próprio conteúdo, tornando
mais interativo, ou podemos gamificar a estrutura da aula, ou seja, suas atividades.
Tenha em mente que o objetivo de uma gamificação é propor um desafio em aula valendo
pontos com a possibilidade de melhorar os resultados individuais do aluno portanto não
trabalhe competições da sala toda (como uma gincana por exemplo) mas sim atividades que
eles possam ver os resultados deles próprios melhorando (como anotar o tempo que fica
num equilíbrio e anotar toda aula os segundos a mais que este aluno conseguiu ficar neste
mesmo equilíbrio).
A pessoa querer melhorar sua pontuação faz com que ele tenha a vontade de voltar na
próxima aula para melhorar sua marca, isso é empolgante!